SIMPLESMENTE EU, CLARICE LISPECTOR
Ontem assisti e fiquei extasiado, por o tanto que me inspirou
a Beth Goulart, manifestando, divinamente bem, essa grande mulher que foi Clarice Lispector. Se deixando devorar em uma entrega fascinante. Eu poderia detalhar elogios também à iluminação, ao figurino, à projeção e ao cenário mas economizo em dizer que tudo estava em perfeito equilíbrio, que me possibilitou visitar o céu. Me senti lá por algumas horas, e senti Deus na forma de uma garotinha, uma menina-mulher, que se fez humana e transparente, me mostrando que também sou humano. Me fez chorar, me disse coisas, me mostrou possibilidades e me apontou caminhos, aumentando minha esperança. Quanto amor há neste espetáculo. Estou super-nutrido! São sensibilidades de pessoas como essas, Clarice -Beth-, e de espetáculos como esses que fazem a vida valer a pena. Tenho sede, de estar ainda em muitos outros destes, trabalhando e prestigiando.
Rose Gonçalves também merece os parabéns por seu trabalho muito bem feito. Na primeira palavra que ouvi do espetáculo, logo pesei que iria implicar com o sotaque dos erres, mas logo em seguida esqueci porque tudo etrou em harmonia, a naturalidade me tirou da Beth e me levou à Clarice. Nossa! Que mulher era a Clarice! Eu em minha vasta ignorância não tinha essa noção .
Vida longa a este espetáculo!
Simplesmente eu, Clarice Lispector
A temporada vai até o dia 4 de outubro, sempre de quarta a domingo, às 19h. Os ingressos custam R$ 10 (com meia-entrada para professores, estudantes, pessoas com mais de 60 anos, correntistas e fucionários do BB). O CCBB fica na Rua Primeiro de março 66, Centro. A brilheteria funciona de terça a domingo, das 9h às 21h.
