sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eu posso? ou Impressões.*

Texto escrito em 29/10/08
(isso é um brainstorm que logo será organizado)


Um dia legal com relação as minhas participações na novela(Três irmãs). Há quase três semanas sem gravar, fui chamado(e esperava ser chamado). Já estava com um sentimento de foda-se, tenho mais o que fazer. Aceitei, pois precisava de... $! Cheguei lá no dia combinado, mas de uma outra forma, sem pressa, com um grau elevado de atenção, que já não o tinha fazia tempo. Havia feito uma grande seqüência de gravações, desde o inicio da novela, sem um intervalo de tempo de descanso maior que dois dias. O nível de stress acabou por me fazer perder essa qualidade de atenção, um foco técnico com relação a minha funcionalidade.

O tratamento dado a essa massa de pessoas "profissionais" é terrível. Os figurantes(classe em que a produção da CGP me inclui, me rotula), na grande parte das vezes, não possuem um foco claro do que fazem ali. Não enxergam. Agem como verdadeiros paus-mandados, fazem o que mandam fazer, independente de entendimento, e sem perceber que podem entender aquele "circo eletrônico", podem se tornar técnicos em algo daquilo, entender que não existe só a função do palhaço em um circo. Tantas pessoas poderiam ser valorizadas, e melhor utilizadas alí. Elas são necessárias ao crescimento daquilo com ou sem opinião, e todas são substituíveis(se tratando de parentesco, favores sexuais, olhos claros e tantas outras coisas movidas pelo interesse, como em qualquer empresa privada).

Mas se na hora do aperto o empregador não colocar na balança a produtividade, afunda o barco.

Temos o ônus de estar lá, mas a maioria não consegue ver isso, pois são orientados a olhar e não ver, em regime de ditadura. A "final de contas", precisamos de gado! (Precisamos?) Qual quer instituição capitalista precisa. (E eu quero ser gado?)

Será que todo figurante que fica consciente das coisas(como na Alegoria de Platão) acaba por se tornar ruim(ou bom de mais) ao processo dos detentores de poder? Pensemos... Talvez eles sejam nocivos ao poder por darem exemplos de possibilidades.

Bom figurante é aquele que obedece?

Um bom figurante(pela falta deste), pra sempre figurante!?

Para sermos maiores do que os outros precisamos que os outros fiquem lá em baixo, atrofiados. Daí então, nós, pobres mortais, que cagamos e mijamos como todo ser humano, nos sentiremos maiores, detentores do poder. Olharemos de cima para baixo.

O verbo poder poderia ser conjugado por toda e qualquer pessoa, ele é de todos.

Eu poderia estar no elenco de apoio da novela porque trabalho(não quero dizer melhor) muito mais que os próprios e ganho muito, mas muito menos. E não deixo de fazer, ou reclamo diretamente, pelo simples fato de ter podido conhecer no inicio da vida a "lei da semeadura".

Entendo que cultura vem de cultivo, da raiz das coisas. Posso gerar da sementes, frutos (naturais e artificiais), flores, oxigênio.

Exupéry me ensinou através da literatura, da raposa, que sou "responsável por aquilo que cativo". Eu entendo isso, não num sentido de castigo: "-Olha, ta vendo? Plantou? bem feito. nasceu, agora rega e colhe!" Vejo sim a possibilidade de poder, e de poder me apoderar. Posso colher e comer o fruto que eu cultivei com o carinho das minhas próprias mãos de agricultor - artista - operário, e posso também com a mesma mão, dividir o alimento gerado com algum faminto saciando também a minha fome de caridade. Posso ensiná-lo a plantar a semente que sobra. Mas será que consigo? possibilidades... O outro poder também seduz? Posso me apoderar desse conhecimento e não passar a diante. Detentor da cultura de cultivo, posso futuramente vender a informação aos menos cultos, posso vender o fruto a que tenho domínio e aos pobres, incultos, deixar morrerem de fome.

Quantas possibilidades...

Oswald certa vez: "A MASSA AINDA COMERÁ O BISCOITO FINO QUE FABRICO".É verdade!

...mata a nossa fome Oswald.

Essas coisas escrevo para somar e não para subtrair, como pensam os donos do capital.

Se eu não for valorizado aqui, certamente haverá um safo que me valorizara ali.

*Se alguém não entender não tem problema, porque pode, são só impressões.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Muito pelo contrário


"Em uma certa manhã empreguinada de rotina
Pairou sobre sua cabeça uma linha amarela de pensamentos:
Teve certeza de que o frio era tão frio apenas para deixar o calor do verão mais quente.
Que a dor doía tanto para a felicidade ser plena enquanto ela for felicidade.
Que as nuvens eram uma espécie de cortina que se abriam para o espetáculo solar acontecer.
Que seus sapatos furados eram furados, para poderem ser usados nos caminhos mais bonitos...
Que por acaso, eram os mais cheios de lama.
Pensou que seria bom desajeitar o quarto naquela manhã.
Desorganizar o organizado.
Bagunçar o arrumado.
Erronizar o acerto!
E era tudo novo!
Cada coisa em seu lugar oposto.
Devidamente fora de perímetro.
Ao invés de tirar o pó, ligou o ventilador e jogou porpurina contra o vento.
E admitiu ser uma idéia brilhante.

Saiu de casa pela porta dos fundos.
Não chutou as latinhas de refrigerante que encontrava no chão Abaixou-se,
e foi jogando elas de uma mão para outra, até avistar uma lixeira.
Ao passar pela praçinha, sentou-se em um de seus bancos.
Não olhou para o chão, olhou para o céu.
Não chorou, sorriu!
Não resignou - se, satisfez-se!
Avistou um formigueiro, e não assassinou as formigas.
Matou a fome das pequenas "quase - insignificantes" com as migalhas de seu biscoito.
Voltou para a casa, como se nunca estivesse estado lá.
Deixou a porta do quarto aberta, mas ninguém foi perturbar.
O último pensamento amarelo do dia passou pela sua cabeça antes que adormecesse
Passou e deixou um vasto rastro de razão:
Tudo passa a ser diferente quando se tira a poeira do coração."
POR CINTIA LUANDO

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

OBSERVAR, ABSORVER

Muitos olham, poucos vêem.
Muitos falam, poucos dizem.
muitos escutam, poucos ouvem.

Muitos observam, Poucos absorvem.

sabedoria oriental

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Jogos de encaixe

Direção : Pedro Cavalcante
Ass.: Thiago Hausen
Foto: Portaltere

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A BUG´S LIFE

Aconteceu anteontem a festa de estréia da novela, onde todos iriam para ver o primeiro capitulo juntos, e comemorar o lançamento nacional do produto "Três Irmãs". Falei com o produtor no Set, para saber como faria para ir -já não tinha ido a festa de lançamento para a imprensa que era exclusiva para o autor, atores, e diretores, e ele me respondeu que era impossível eu ir, porque a festa era só para quem estava envolvido com a novela.
Estou gravando faz 23 dias este produto da Rede Globo de Televisão, diariamente, e não estou envolvido? Como assim? Não posso ir à festa? Pois eu estou mais envolvido do que pensam alguns. Me excluem da comemoração de um produto que eu ajudo a fazer, assim como excluem qualquer um a que convenha. Tenho plena consciência de que não sou qualquer um, e graças a essa noção, que não tive problemas. Tive essa reflexão edificante. Puta que pariu! Eu tinha que estar ganhando muito money pra isso, e no entanto, mendigo esse básico para sustentar minha independência e carreira no RJ.
Assisti a estréia da novela no sofá de casa, um pouco ansioso, coração meio acelerado, muito feliz com o desempenho de todos, com meu melhor sentimento(de barrado no baile). Achei o resultado lindo e fiquei feliz de ter acompanhado o processo de construção daquilo, de todo aquele primeiro capitulo. E fechando com chave de ouro, o ultimo take do capítulo, da pracinha de Caramirim , me vi chegando bem, na novela. Era um stock shot muito rápido, de grua, na primeira hora da manhã. Eu entrava no monitor do tamanho de uma formiguinha(cabeluda), montando o cavalete para a criação de uma obra de arte. lá estava o Pintor de Caramirim.


E as formigas estão ai, carregando varias vezes o peso delas, para construir um grande castelo, o formigueiro.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

"O CHAMADO"(p/TV)


Plim, Plim!!!

Fui chamado pôr um agente no dia 22/08 para fazer um hippie na nova novela das 19hs, "Três Irmãs". No set, me arrumaram um cavalete e alguns quadros, e materiais para pintura. Virei um artista de rua que retrata quadros da cidade para vender, um morador da fictícia cidade de Caramirim.
Alguns dias se passaram e passei a ser cumprimentado pôr técnicos da novela como "O PINTOR", também pelos próprios figurantes que me acharam "artista de verdade", alguns até pensaram que eu pintava de verdade. Tenho gostado muito do trabalho. Ta bom que todos os dias tenho que ouvir aquela piadinha do pessoal que pergunta: "-Você pinta comeu pinto?" mas chega a ser divertido todos os dias eu Ter que dizer varias vezes que não trabalho com broxa, que uso pincel. Na verdade, é encantador ver tanta coisa, tantas especialidades, muita coisa mesmo, funcionando em prol de um resultado final, a novela "Três Irmãs". O tratamento não é dos melhores mas a experiencia paga. (escrito dia 06/09)

Tela de Gianni Rodari

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sou um africano

Nosso medo mais profundo
Não é o de sermos inadequados.
Nosso medo mais profundo
É que nós somos poderosos além da medida,
É a nossa luz, não a nossa escuridão
o que mais nos apavora.
Perguntamos a nós mesmos:
Quem sou eu para ser brilhante,
maravilhoso, talentoso e fabuloso?
Na realidade, quem é você para não ser?
Você é um filho de Deus.
Seu jogo pequeno não serve para o mundo.
Não a engrandecimento em se encolher
para que os outros não se sintam inseguros perto de você.
Nós nascemos para manifestar a gloria de Deus
que esta dentro de nós.
Não está apenas em alguns de nós.
E conforme deixamos nossa luz brilhar,
inconscientemente estimulamos as outras pessoas
para fazer o mesmo.
Como estamos libertos de nosso medo,
nossa presença, automaticamente,
liberta os outros.


...........................................Nelson Mandela

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

sábado, 6 de setembro de 2008

Frases de uma classe oprimida (Figuração)


" Quando se trata de figuração o lema é: "É muita hora nessa calma!" Thiago Hausen

" Eu queria ganhar pôr mês o que eles gastam pôr dia em café" Sr. Lafaiete - Figurante na CGP, ao ver passar um carro elétrico lotado de garrafas térmicas.


"Figurante alimentado é figurante feliz" Paulo, figurante na CGP, após receber o lanche matinal.


" Essa mina tá zoando com a minha cara, me chamou de Severíno quebra galho, só porque eu sou util mesmo; um dia sou doceiro, no outro sou padeiro, no outro pipoqueiro. mas deixa ela comigo que eu vou dar o troco, toda vez que entra alguém famoso ela vai chegando perto e senta do ladinho e fica lá de Severino também, só no cara cracha, cara cracha, cara cracha!" Mauricio, figurante na CGP, apos ser comparado a personagem de programa de humor.

"Cabo C tá no chão, o caboceta com problema!"
tecnico da montagem (à parte) após diretora pedir um instante, por problema de cabo

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Uma tal de gastação.

Amiga fica zuando no bar o cabelo do colega, gastando de palhaço como se fosse insulto, colega que faz cena, cena de lá, de cá, desce mais uma de R$1,90. O sete esta pintado. depois chega coisa desse tipo no scrapbook de orkut de um certo alguém que parece, não ter o que fazer:




•Só de gastação:
Hahahahahahaha.coé thiagooo!!levo a mal o que eu falei..falei te gastando po.
sempre te gasto.




e eu mando aqui:

Querida Só de gastação,
Eu não sou dinheiro para você ficar gastando, quem fica só de gastação é porque tem muito para gastar, eu não tenho tempo para gastar -tanto que nem to gastando aqui no mundo virtual com você-, pôr que tempo é dinheiro, e quanto dinheiro se gasta em um dia se se tem todo dinheiro que se pode gastar, assim como temos uma vida inteira para gastar, e como gastar a vida? vivendo de maneira que se mantenha a qualidade pensando numa possível longa vida útil, no fim, para se gastar o mais possível em muito tempo de gastação. Quanta energia para gastar! Só de gastação gastei um post para dizer que muitas vezes quando gastamos com a cara dos outros, pode ser coisa de um momento de insignificância total, como ver certos programas de TV que gastam com a nossa cara e com nosso cérebro. mas se tratando de você, eu que não costumo gastar em vão, que antes de gastar avalio o valor na cifra, e no tempo, e na vida. Dou o devido valor em gastar com vc depois de você Ter gastado comigo Juliana Palhaça!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Frases da classe n°003

"A MASSA AINDA COMERÁ O BISCOITO FINO QUE FABRICO"

Oswald de Andrade

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Frases da classe n°002

"Teatro para mim é igual a andar de bicicleta, se eu parar eu caio"
Ítalo Rossi

terça-feira, 15 de julho de 2008

Frases da classe n°001


"Escreveu, naõ leu, o palco é meu."

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Convite!

Queria convidar a tua ilustre presença virtual para participar da comunidade da

somos Cornucópias... semeadas pelo mestre Amir Haddad

e estamos unido forças...



para seguirmos

pelo caminho, juntos.

Faça parte de nossa teia cultural!


Cia Teatral Mambemberê


http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=31194216


Visite nosso blog http://www.mambembere.blogspot.com/



Aulas em novo endereço: Galpão TransFormação Teatral

Av. Alberto Torres, 150, fundosTeresópolis - RJ

Nossa oficina acontece quatro vezes por mês, todos os domingos, das 15 às 17hs. descubra-nos!

terça-feira, 24 de junho de 2008

As palavras de um mestre.

Nós, artistas de todos os tempos andamos pelas estradas do mundo. Em todas as festas religiosas nós estivemos. Em todas as estradas, por todos os caminhos nós passamos. Trabalhamos nos pátios de todas as igrejas. Participamos de todas as festas. Inúmeras vezes vivemos os papeis vivemos os papeis importantes de nossa religião, nós, os artistas cujo as almas lidam diariamente com os vícios e com as virtudes. Nós, aqueles que por força do oficio convivemos com o pecado e com a virtude. Nós já estivemos em todas as praças do mundo, em todas as épocas. Sempre que por algum momento, a sociedade se juntou, nós estivemos presentes.

Acompanhamos a igreja em todas as suas festas. Os nossos espetáculos cresceram com a cultura religiosa. A cultura religiosa cresceu com as nossas participações. Hoje nós somos o lado profano da festa religiosa. Por todos os séculos, sempre ao lado da manifestação da cerimônia religiosa, o teatro se encontrava. Hoje, nós somos o grupo de teatro contratado para abrilhantar a festa do Divino Espírito Santo, e pedimos humildemente perdão, por expormos as nossas ignorâncias sobre assunto tão importante, mas queremos afirmar que estamos aqui com a nossa melhor alma, o nosso melhor espírito, o nosso melhor amor, o nosso melhor humor, para ajudar Paraty na sua grande celebração.
Bonito! Ta na rua se manifestando. Nós tiramos dos nossos baús as nossas melhores roupas, nós nos vestimos de ouro e prata para celebrar a tradição. Nós compusemos nossos figurinos com a nossa melhor vontade. Nós nos enfeitamos da melhor maneira para podermos chegar aqui e festejarmos o santo que é de todos. Nós, os artistas que temos muitos santos, que somos pobres. Nós que somos fracos, nós que somos pecadores. Nós que vivemos nossas paixões de uma maneira descontrolada, nós que vivemos nossas emoções de uma maneira apaixonada. Nós que somos os artistas de todos os tempos, nos preparamos para abrilhantar esta noite da magnífica cidade de Paraty.
Nós nos declaramos honrados e indignos desta missão e, de antemão, pedimos perdão por qualquer falha biológica, que por ventura nasça de nossa ignorância.
“Que o perdão seja sagrado, que a fé seja infinita, que o homem seja livre, que a justiça sobreviva. Ai, ai...”
AMIR HADDAD - Apresentando os artistas de todos os tempos(Ta na rua) na Festa do Divino Espírito Santo da cidade de Paraty-RJ - 2006

Neste proximo dia 02/07 Amir Haddad comemora 71 anos de muito amor e dedicação a arte do ator. Parabéns MESTRE, Que Deus te abençoe te dando muitas felicidades. Felicidades tantas que vem me dando desde o dia em que te conheci. Obrigado por tudo sempre. Voce é um divisor de aguas em minha vida profissional. 



segunda-feira, 19 de maio de 2008

Informe Especial


***Teatro sem arquitetura***
Dramaturgia sem literatura
** **Ator sem papel** **




FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE ATORES
Através de oficinas praticas, os atores o seu próprio caminho de descobertas das relações entre arquitetura teatral e dramaturgia; afeto e espaço; ator e personagem.

TEATRO PARA QUEM NÃO QUER SER ATOR
Para quem se utiliza(ou pretende se utilizar) a arte como ferramenta na educação, ações culturais e políticas, e prinsipalmente desenvolvimento pessoal.
***
"Nessa escola me formei ator e é onde eu mantenho uma freqüência de estudos que me permite ser o que realmente sou; o que garante uma plena qualidade em meu ofício." Thiago Hausen


sábado, 10 de maio de 2008

Fazendo a diferença

(em construção)
O que estamos fazendo para modificar o meio em que vivemos, para tornar nossos dias melhores, com mais qualidade de vida?

Às vezes colocamos obstáculos em nossos caminhos que tornam nossas vidas mais cômodas, pensando unicamente em nós e não nos outros, nos que virão. Quando poderíamos pensar globalmente e gastar mais calorias agindo no que é certo, com a coragem de enfrentar as dificuldades que às vezes nós mesmos colocamos para tudo, não nos permitindo assim fazer o que realmente tem de ser feito em prol de um bem maior, a evolução sadia e saudável e com menos danos à humanidade.

Como fazer a diferença?

Em nosso dia-a-dia vamos estabelecendo certas rotinas que com o passar do tempo tendem a cristalizar. Determinamos que uma coisa é daquele jeito , que estamos prontos, que não temos mais nada para aprender sobre(com) aquilo e não fazemos nada para melhorar, para modificar restando em nós o acabado, o necrosado, o morto.

Fazer a diferença é ser e estar vivo.

A uns que acreditam que “quem espera sempre alcança.” Talvez esperam pela graça de Deus. Mas existem mandamentos. O que se faz pelo próximo sentado com a bunda grande na frente da poltrona da tv? Já o sábio Chico Buarque diz em uma de suas musicas estar provado, “quem espera nunca alcança”. Outros dizem que “em time que se ganha não se mexe.” Mexe sim! Para estarmos vivos temos que estar sempre mudando. Deveríamos nascer com uma plaquinha igual aquelas de reformas no comércio: “Em obras para melhor servi-lo”.

Que tal se nós fizermos diferente? Se nós vencermos a inércia preguiçosa de nossas vidas, todos os dias, cultivando dentro de nós essa indignação com o imutável, não estando satisfeitos com qualquer coisa, não aceitando tudo que nos é imposto só porque foi mandado ou dado.

Outros dizem que “de graça até injeção na testa”, ou “vota em mim que te dou uma ajudinha”. Ai é que está. Para que eu quero injeção na testa?

Eu falo de termos opinião sobre tudo, de estarmos vivos, ligados em tudo a nossa volta, de termos um discurso bom e atitudes boas. Por que eu vou fazer uma piada preconceituosa? Com o intuito de fazer rir simplesmente? Rir de uma deficiência, rir de uma impossibilidade do outro: a troco de que? Por que vender essa idéia? Será que eu preciso assim alimentar o meu ego fazendo rir os tolos que me seguem e assim preconceituosamente diminuir o outro para que eu cresça?

“- Ah, não. Que isso Thiago? Foi na melhor das intenções!” - Não Vale! De boas intenções o inferno esta cheio. O que realmente vale são as ações boas de um homem e não as intenções. Já ouvi dizerem pra mim: “ eu vou jogar lixo no chão sim, porque não tem lixeira aqui, tem quem varre. Assim estou gerando emprego de gari.”

Nós não precisamos mais de gari, precisamos de mais estudantes, de mais lixeira. Cuidando cada um de seu lixo mudamos o futuro dos próximos com o presente presente. Como disse em momento oportuno uma sabia diretora: “- Se cada um cuidasse bem de sua calçada, a rua inteira estaria limpa.”

É o que penso, que devemos agir, interagir!

Thiago Hausen

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Piada de "classe"

No trânsito engarrafado do rio de janeiro, ao parar no sinal estava um carro com um homem, e na traseira de seu carro para um carro vermelho com uma mulher que começa a buzinar incessantemente. O cara respira fundo, o sinal abre e a mulher passa a toda por ele. No próximo sinal fechado o cara vê a sua frente o carro vermelho da mulher e encosta ao lado, abre a janela e diz: - “A maior virtude do homem é a paciência” William Sakespeare, Ricardo III. E a mulher retruca: “Vai tomar no cú, seu viadinho, flho de uma puta.” Nelson Rodrigues, A Vida como ela é.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Ator também faz super-mercado

É chegada a estréia e o ator chega no teatro antes para dar aquela concentrada. Ele ta lá fazendo os exercícios de yoga, da aquela barrigada e tal enquanto medita a dramaturgia. Quando é interrompido por um sujeito do teatro que foi levar um recado, que tinha uma galera aguardando ele lá em baixo. Uma fila de amigos que chegaram uma hora mais cedo para se dar bem. E o ator mandou o seguinte recado pelo sujeito do teatro: - Encaminha o pessoal para a bilheteria e diz que eu não posso dar a eles a única coisa que tenho para vender, afinal de contas ator também tem que comer.

*não que eu seja assim tão radical!

sábado, 19 de abril de 2008

Depondo à atriz


A busca é constante por algo que sentimos como um chamado em nossas vidas, o chamado para a arte. Com o tempo vamos descobrindo que não temos escolha, que não somos artistas porque queremos e sim por não ter outro jeito. Não temos escolha.

Com esse entendimento, e com a experiência desse ultimo ano em que convivemos juntos num processo de pesquisa artística focada no teatro de todas as pessoas, de todos os tempos e lugares, posso dizer que você é uma dessas pessoas que chamo de artista. Por mais que aspirante, se vê que a vocação está na linha de tua palma.

Não esmoreça, siga em frente por mais árdua que seja a trajetória, pois até onde for, irá fazendo a diferença.

Fico feliz de ter sido teu treinador por esse ano. Espero que a semente cresça saudável e fértil por um longo tempo, agradando aos arredores, a Deus.

Agora sinto como se a turma Mambemberê estivesse preparada para ser/estar, independente de liderança. Não aceite qualquer coisa, não se deixe seduzir, questione tudo e assuma mais responsabilidades, as responsabilidades que te cabem. O segredo foi passado, a semente foi lançada.

Agora é contigo, vou atrás do meu que ainda não tive.

Cresça e Apareça!

a/c Cintia Luando

quinta-feira, 17 de abril de 2008

terça-feira, 15 de abril de 2008

Carta a um ator ausente


(em construção)
As vezes fico triste pôr sentir que alguns de nós tem condição e possibilidades mas não concluem - não vivem plenamente - seus processos. A vida é muito corrida, tem coisas diferentes para se fazer sempre em uma mesma hora. Temos então de optar pelo que é mais importante ao nosso ver.
Quais são as nossas escolhas? O que nos realmente queremos para nossas vidas?
Não podemos servir a dois patrões e satisfaze-los plenamente. Porque somos apenas um. A quem nós estamos enganando? Queremos chegar em algum lugar ou vamos ficar parados, acampados na bifurcação; fumando uns baseados?
Como saber a gratificação verdadeira que um processo pode nos dar se nós não vivênciamos todo o processo? Não dá , porque não sabemos o que queremos e ficamos divididos. Pôr que? Porque artista tem que fazer outros bicos, por causa de $, porque me deu uma preguiça hoje de manhã. Porque teve uma festa ontem que rolou até de manhã. Porque hoje veio um primo meu de Campos, porque o meu tio morreu. Peguei dengue!
Podemos estar num lugar para agradar alguém, ou para satisfazer nossos EGOS. Podemos fazer um lobby entre os artistas para nos acharmos engajados na arte. Podemos ir ver gente bonita.
Mas só a verdade prevalecerá, a verdade que o tempo mostra, a verdade que uma dedicação retribui ao dedicado. É preciso "dar como quem recebe para receber como quem dá".
- Opa, pera lá, estou me sentindo incomodado. Pôr que estão mexendo nas minhas feridas? será que o que ele disse foi para mim?. Sai fora!!! Nunca mais volto aqui. Pera lá, também se ouve aqui a minha opinião. nossa, eu tenho opinião. Então eu posso entender melhor as coisas, posso construir um discurso. Mas não vou, porque amanhã tenho outro compromisso.
E os processos vão se dando com 75% de presença , 50, 25.
Terça vou, quinta não, uma vez por semana está bom.

Ricos são os produtos da verdadeira arte e para podermos ser verdadeiros artistas devemos ser generosos, doadores de nossos afetos, dos nossos conteúdos. Devemos Ter a generosidade de doar 100% de nos mesmos por nosso oficio. Tirando de vez a duvida do caminho e se empenhando em nossa verdadeira vocação. Todos a temos dentro de nós mas enganamos a nós mesmos, pelo medo do comprometimento com a vida.

Cuidado com o que realmente te agrada.


a/c Bruna Maimone e André Siffert

MANIFESTO - AÇÃO


"Ser artista é uma possibilidade que todo ser humano tem, independente de ofício, carreira ou arte. É uma possibilidade de desenvolvimento pleno, de plena expressão, de direito à felicidade.A possibilidade de ir ao encontro de si mesmo, de sua expressão, de sua felicidade, plenitude, liberdade, fertilidade é de todo e qualquer ser humano. Isso não é um privilégio do artista, é um direito do ser humano — de se livrar de seus papéis, de exercer suas potencialidades e de se sentir vivo.Todo mundo pode viver sua expressão sem estar preso a um papel. Não se trata de ser artista ou não, mas de uma perspectiva do ser humano e do mundo. Não se trata só de todos os artistas serem operários, mas também de todos os operários serem artistas. Das pessoas terem relações criativas, férteis e de transformação com o mundo, a realidade, a natureza, a sociedade.O homem não está condenado a ser só destruidor, consumista, egoísta como a sociedade nos leva a crer."


GRUPO TÁ NA RUA

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A Pedra (fundamental)


"O distraído nela tropeçou.

O bruto a usou como projétil.

O empreendedor, usando-a,construiu.

O camponês,cansado,dela fez assento.

Para meninos, foi brinquedo.

Drummond a poetizou.

Já, David matou Golias.

Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura.

E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!

Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para oseu próprio crescimento."