segunda-feira, 28 de abril de 2014

quarta-feira, 16 de abril de 2014

#3



O tempo passa, 
mesmo que esse movimento não se perceba, 
e com ele a vida.
Tive paixões em carne viva, 
outras em camas frias.
Tive romances de um dia. 
Acasos e descasos.
Já beijei com os olhos fechados 
e esqueci que existia.
Toquei corpos que de tão perfeitos
entreguei-os ao sagrado.
Desejei perder-me em tais braços
e por eles fui abraçado.
Tive casos que me tornaram louco
e me feriram de morte.
Deambulei pelas ruas,
num jogo de sorte e de culpa,
por causa de algumas despedidas.
Momentos perfeitos,
luares cheios,
sensações estranhas de um sentimento indecifrável…
Paixões viciadas,
tormenta e desespero.
Beijos proibidos, ousados e até traiçoeiros.
Sexo tórrido e sexo ameno.
Depravados sentimentos,
relações comuns,
beijos sem sexo
e sexo com beijos.
Olhares de incêndio,
obsessões profundas,
devaneios.
Tudo isto já vivido,
sem a necessidade de estar escrito…
E quinze anos depois.
E depois de tanto silencio…
Respondo que o único amor que conheço,
é este que tenho contigo.
O único amor que conheço,
É amor proibido.

Poesia Prozac, poema #3, de Nuno de La Rua.